Esta é uma das receitas doces que, tal como o ARROZ-DOCE, mais identifico com a minha mãe.

Uma tarte básica, em que o ingrediente principal brilha. A maçã. No caso, a maçã reineta.

Cresci a vê-la fazer esta tarte dezenas e dezenas de vezes. Muitas delas, com a responsabilidade de ser eu a descascar as maçãs e cortá-las em fatias. Nem demasiado finas, nem demasiado grossas, mas sempre com alguma exigência de perfeição, porque “os olhos também comem.”

Outra exigência: a massa.

Não me lembro de alguma vez a minha mãe ter comprado massa quebrada – nem tenho memória se já existiriam à venda. Provavelmente só apareceram muitos anos depois de a fazermos vezes sem conta, mas mesmo assim, nunca entrou massa de compra.

A massa quebrada de compra é do escalão dos distritais. A massa que fazemos do zero – e que é tão simples de se fazer – é da Liga dos Campeões. Não há comparação possível.

Os meus dedos habituaram-se desde cedo a forrar a tarteira com esta massa. Até muito mais tarde, nunca a tinha estendido com rolo, era sempre pedacinho a pedacinho, pressionando bem, ajeitando aqui e ali, retirando excessos de massa de um lado e colocando-os noutro até cobrir a tarteira por igual, garantindo que as paredes da tarteira não ficavam mais grossas de um lado e mais finas de outro. Era um trabalho de foco e de esforço para atingir o resultado mais perfeito possível.

Muitas vezes penso que este meu traço de personalidade de prestar muita atenção aos detalhes e de ser exigente tanto com o conteúdo como com a forma, vem desse tempo, dessa formação.

Esta tarte é maravilhosa porque tem tudo de bom: uma boa massa caseira, as deliciosas maçãs reinetas tão macias e com aquele sabor tão distinto, e ainda um creme de açúcar e ovos que serve apenas de cobertura ligeira para manter tudo mais docinho e ligado.

Algumas pessoas que fizeram esta tarte de maçã, desde que publiquei a receita no meu 1º livro, tiveram alguma dificuldade em conseguir acertar neste creme da cobertura.

Eu sempre achei que a receita era clara, mas, por via das dúvidas, reforço este aspecto: sim, é só uma colher de sopa de água e uma colher de sopa de manteiga ou margarina e não se pode deixar ferver. É só um calorzinho, sempre mexendo, até a manteiga derreter.

Outras dizem que acham que a tarte fica muito doce – se preferem menos doce basta reduzir o açúcar para 200 g que deve ficar mais equilibrada.

Eu publico aqui a receita tal como sempre fiz. Mas adaptem esta parte a gosto.

Se gostam de Tarte de Maçã não deixem de a fazer… seja no Dia da Mãe, seja noutro dia qualquer do ano.

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