Também são dos que fazem questão de ter o Pudim Abade de Priscos, todos os anos, na mesa da Consoada? Ou acham que é um pudim demasiado enjoativo e nem pensar?

Este pudim, que foi um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa, foi uma das receitas de maior sucesso em 2017 na minha página do facebook.

Decidi fazê-lo depois de um desafio que me foi lançado na página, já que aqui por casa, no Natal, costumo fazer o Pudim Flan da minha mãe, que publiquei no meu 1º livro “A Minha Cozinha”.

Aceitei o desafio com todo o entusiasmo… já sabem como sou.

Parti da receita da Cozinha Tradicional Portuguesa da Maria de Lourdes Modesto, mas o primeiro que fiz não saiu como queria, não estava tão sedoso como sabia que deveria estar, da memória que tinha de ter provado uma fatia deste pudim numa das minhas viagens ao Minho.

Lancei-me na procura da técnica, vi videos de cozinheiros especialistas no pudim, de casas de referência, e cada pormenor foi levado em conta, mesmo os pormenores que não era falados: o ponto da calda de açúcar, o toucinho a usar, a obrigatoriedade de vedar bem a forma para não entrar vapor de água para que o pudim tenha uma face totalmente lisa sem buraquinhos, e a cozedura no tacho e não no forno. Foram pormenores que fizeram toda a diferença.

Esta é mais uma daquelas receitas em que os pormenores importam, nomeadamente para que o pudim fique com uma textura perfeita… coisas aparentemente sem importância, mas que influenciam o resultado final.

Uma, muito importante, para a textura, é o ponto da calda de açúcar. Vi muitas receitas a indicarem uma fervura de 3 minutos. Ora, em 3 minutos não conseguimos o ponto de fio. Precisamos de mais tempo e para não falhar, mais uma vez, usei o termómetro de pontos de açúcar. Se conseguem determinar o ponto à mão, usando os dedos, perfeito.

Outra importante, é o pedaço de toucinho que se usa. No norte usam a parte mais gorda dos presuntos da região. Confirmei, depois de tudo o que vi, que convém ter sempre um pouco de carne para lhe dar sabor. Usei barriga de porco curada, já que o bacon fumado não é o mais indicado, por causa do intenso sabor a fumado, mas na falta, paciência. Use-se.

Para vedar a forma optei por usar papel vegetal e sobre este folha de alumínio, para evitar quedas de partículas de alumínio para a superfície do pudim. Assim ainda veda melhor.

Finalmente, a forma. As commumente usadas são as onduladas. O ideal é usarem uma de 16 ou 18 cm de diâmetro com tampa. Formas mais pequenas deixam o pudim muito alto e maiores muito baixo.

“Simples de fazer, mas difícil de acertar” como dizia o abade.

Eu digo que, mesmo quando não se acerta totalmente, tem-se sempre um pudim muito saboroso, mas se seguirem todas estas indicações não tenho a menor dúvida de que irão acertar.

Estão convencidos?

É desta que se aventuram como eu?

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