Há muito que estava para partilhar convosco uma receita com lombinho de porco e aproveitei quando o vi recentemente em promoção, para comprar este que rondava os 700 gramas.

É quanto basta para fazer uma refeição para 3 pessoas.

O lombinho de porco é uma carne macia e acessível. Pode ser apenas grelhado na chapa, frito num pouco de gordura na frigideira ou assado no forno como este. Desde que esteja bem temperado fica sempre bom, a menos que o deixemos passar do ponto.

E qual é o ponto?

O ponto é quando atinge uma temperatura interna de 63º C, o ponto em que está suficientemente cozinhado para não representar qualquer perigo para a saúde. Pode até retirar-se a carne um pouco antes, se ela tiver de esperar para ir para mesa, porque a cozedura residual vai fazer subir a temperatura interna mais um pouco.

Longe vão os tempos em que se aconselhava cozinhar a carne de porco acima dos 70 ou até 80º C como vemos nos termómetros analógicos que têm a representação de cada animal.

Porque se aconselhava passar tão bem a carne de porco?

Também receberam esses ensinamentos? Eu também… e decidi investigar as razões.

Elas estão muito bem explicadas neste artigo de Danilo Alfaro, publicado no site The Spruce Eats, que traduzi para português, para que todos possam entender.

Para que o ponto perfeito desta e de outras carnes nunca falhe, e mais ainda numa carne tão sensível como a do lombinho de porco, aconselho-vos vivamente a comprarem um termómetro para carnes que vos garante que nunca passarão do ponto certo.

Que termómetro devo comprar?

Há termómetros analógicos e digitais.

Nos analógicos temos de ficar de olho (já deixei de os usar) e nos digitais há vários modelos.

Há os que têm um espigão com cabo, que podemos deixar espetado na carne durante todo o tempo em que a carne está no forno, deixando o leitor no exterior. O aparelho apita assim que a temperatura é atingida. É o meu preferido.

Há também os que só permitem testar fora do forno, ou seja, precisamos de puxar a carne para fora e perfurar para testar. A leitura é rápida, mas nestes, tal como nos analógicos, podemos chegar demasiado tarde, por uma qualquer distração, e a carne já ter passado do ponto.

Quanto ao local a perfurar para testar, deve ser na parte mais alta, até meio da carne.

Vamos então à receita?

Vamos lá!

Como vos disse comprei o lombinho e tinha em casa vários legumes há alguns dias, que não queria que se estragassem.

Tinha cogumelos, curgete, cebola, pimento vermelho, aipo e floretes de couve-flor que já estavam escaldados e achei que ficaria perfeito fazer uma grande salganhada de legumes.  Só tive de cortá-los em pedaços.

No caso dos cogumelos eles acabaram por secar mais do que gostaria, o que significa que deveria tê-los mantido inteiros ou juntá-los mais tarde. Fica o aviso 😉

Quanto ao lombinho, que deve sempre estar à temperatura ambiente, só precisei de o barrar generosamente com mostarda Dijon, temperar muito bem com sal, pimenta-preta e tomilho e colocá-lo sobre uma cama de tiras de bacon, alinhadas lado a lado e ligeiramente sobrepostas.

Não poupem no tempero, é fundamental para garantir o máximo de sabor.

Enrolar as tiras à volta do bacon é simples se as prendermos com palitos. A opção de atar com fio também é possível, mas dá muito mais trabalho e exige maior precisão. Optei por isso pelos palitos.

Como fazer a gestão de tempo?

Assim que a carne estiver enrolada no bacon, tratamos de começar a assar os legumes.

Espalhamo-los muito bem num tabuleiro de forno, temperamos e levamos ao forno durante uns 5  minutos a 200º C.

E agora sim, enquanto os legumes assam um pouco, fritamos o lombinho de ambos os lados numa frigideira, até o bacon ficar bem dourado.

Começamos com a junção do bacon para baixo

… e só depois o outro lado. Assim temos mais garantias de que não abre.

Upssss… este, mais um bocadinho, e tinha feito asneira…

Nada pior do que um lombinho dourado que fica queimado… mas esta frigideira de ferro esmaltado prega-me umas partidas.

Depois de dourado, está pronto a ser colocado entre os legumes, para seguir para o forno, desta vez a uma temperatura um pouco mais baixa.

Também aqui, colocamos a junção do bacon para baixo e a parte mais bonita para cima.

Temos molhinho para acompanhar?

Claro que temos! Enquanto a carne está no forno, avançamos para o molho.

É que vejam só… ficou tanto sabor na frigideira que seria um crime desperdiçá-lo.

Optei por fazer um molho simples e rápido, que é um clássico em várias receitas. Podem ver todo o processo mais abaixo na descrição da confecção deste prato.

Quanto à carne, assim que atinge a temperatura, ou mesmo um pouco antes, sai do forno, espera uns 5 minutos, é fatiada e segue logo para a mesa. Para não arrefecer podemos cobri-la com folha de alumínio.

O resultado é um lombinho suculento, com um sabor e-s-p-e-c-t-a-c-u-l-a-r!!!

Aquela mostarda e aquele tomilho são inconfundíveis!

E os legumes – à excepção dos cogumelos pelas razões que já vos disse – ficaram perfeitos, bem tostadinhos e cheios de sabor.

Agora aproveitem e metam mãos à obra, sobretudo se tiverem por aí muitos legumes que corram o risco de perder frescura.

Gostam de assados de carne?

Então aqui vos deixo outras sugestões:

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