Aqui está uma comida de conforto para tantos, sobretudo para os que têm raízes alentejanas.
Um belo Ensopado de Borrego, à moda antiga, que é simples e cheio de sabor.
Descobri esta receita pela adorável Antónia de Jesus Nunes Manilhas que a explica tim-tim por tim-tim aqui.
Esta senhora é de um tempo em que as meninas saíam de casa dos pais bem cedo para servir em casa de “senhoras”, das “suas senhoras” como ela diz. Tal como a minha mãe que começou a servir aos 11 anos de idade, a dona Antónia começou ainda mais cedo, aos 8. Algo inimaginável hoje para nós, mas que era uma realidade aceite na época.
Muitas receitas dizem para selar primeiro a carne. Neste caso não. O refogado é feito com vários ingredientes juntos logo no início.
Nesta receita só reduzi a quantidade de batatas e aumentei as doses, porque na verdade esta receita que ela diz ser para 5, dá à vontade para 6.
Além disso acrescentei mais um pouco de pimentão-doce, só um nadinha mais, e juntei o atado de aromáticas mais cedo para libertar mais sabor.
Este Ensopado de Borrego é um prato perfeito para dias mais frios, é um clássico na Páscoa, ou até no Natal, e é tradicionalmente servido sobre fatias de pão frito ou torrado, um pão tradicional de qualidade, alentejano e de véspera, de preferência.
Se gostam de ensopados, não deixem também de experimentar o Ensopado de Vaca e Legumes com Vinho Tinto, semelhante ao famoso Boeuf Bourguignon.
Se preferem uma receita de forno então esta Perna de Borrego Assada com Alho e Alecrim é também uma bela opção.
Apesar das limitações que todos temos, por causa da crise pandémica que nos afasta dos nossos, aguardemos e tenhamos esperança em dias melhores, celebrando este período com o mesmo sentido de partilha.
Desejo a todos uma Santa Páscoa.
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34 comentários para “Ensopado de Borrego à Moda Antiga”
Olá Clara hoje é dia de páscoa, ontem perguntei á minha gente o que queriam de almoço e a minha mãe foi a única que respondeu que queria ensopado de borrego, nunca tinha feito e encontrei a receita da Clara. Está pronto e a descansar já lhe dou mais notícias
Esse ensopado fica sempre muito bom! Não falha ☺️ boa Páscoa!
A minha mãe também foi
cozinheira profissional, tem 85 anos não lhe chego aos calcanhares. É igualzinho ao da Clara. Bem haja por recuperar e partilhar estes tesourinhos. Obrigada por partilhar, connosco ! há pessoas que não gostam de partilhar saberes. ❤️ Muitos parabéns!
Eu gosto de partilhar, nem faria sentido este site não fosse por isso. Muito obrigada Luiza! E obrigada à mãe também! 🙂
Olá
No baixo Alentejo também se faz mais ou menos assim mas leva o cravinho e fica temperado de um dia para o outro depois é tudo feito ao mesmo tempo metendo as batatas um pouco mais tarde e ficando tanto a carne como as batatas muito tenrinhas as batatas quase a desfazerem-se na boca.
Sim há sempre nuances. Mas sempre delicioso.
Olá, sra D. Clara de Sousa
Fiz o ensopado de borrego à moda antiga e ficou óptimo. Todos gostaram da sua receita. Muiti obrigada.
Beijinhos
Fernanda
Que bom Fernanda! Obrigada!
O meu ensopado de borrego é parecido mas sem vinho E não é refogado. Ponho tudo ao mesmo tempo e depois vou pondo pingos de água para ir cozendo Quando a carne está cozida acrescento as batatas e no fim o vinagre. Para ser como “deve ser” nem teria batatas (que só depois da descoberta da América vieram para a Europa) O caldo seria engrossado com farinha torrada mas a mamã não gostava As sopas de pão endurecido e alentejano como não podia deixar de ser Realmente as receitas “alentejanas” do Distrito de Portalegre diferem das do distrito de Évora Também as de Beja são diferentes embora o nome seja o mesmo. Estive em Beja em serviço e corri os restaurantes e não gostei. Muito sal e gordura Cada qual tem os seus gostos
Pois deve haver várias formas, esta que aqui está é de uma senhora bem antiga que a ensinou a fazer assim, e fica muito bom, mas haverá outras igualmente boas, não tenho a menos dúvida 🙂
Olá, Clara! Venho dizer-lhe que, essa receita é tal e qual a que a minha mãe fazia, se fosse viva tinha cento e dois anos. Era alentejana de Portalegre e uma cozinheira de mão cheia como a Clara. Tinha esquecido a receita, agora vou fazê-la para deliciar a família que quando em vez vem cá almoçar ou jantar. Quanto ao vinagre, a minha mãe punha em algumas receitas só no final um pouco antes de desligar o lume, punha mexia e dali a pouco desligava tapava e dizia que tinha de ficar assim o minimo quinze minutos. Muito obrigada. Bem Haja.
Olá Manuela! Sim, tal como a senhora que a explica, à qual faço referência, o vinagre só entra no fim. Depois entre o vai e não vai para mesa passam esses 15 minutos 🙂 esta é uma receita mesmo muito boa em que o simples é o melhor. Ingredientes básicos, confecção básica, mas tudo ganha muito sabor. Que bom que lhe trouxe belas memórias e que agora o pode fazer. Obrigada! 🙂
Olá Menina Clara
Que boa ideia,adorei a ideia vou tentar fazer igual! Mas posso substituir o vinagre pelo, sumo de limão?
Muito obrigada por tudo
Um bom Natal com muita saúde!
Um grande beijinho!
Olá Indira. São ambos ácidos e penso que não fará mal. No entanto aconselharia a usar mesmo o vinagre. É essa a tradição e tem uma função aí nível do sabor da carne. Feliz Natal!
Ola Clara. Qual a finalidade do vinagre no final?
Cátia, tal como refiro no texto, a receita é da senhora que encontrei no YouTube, mas se vir outras tradicionais também pedem o vinagre. Eu penso que sirva para cortar o sabor por vezes mais enjoativo do borrego, numa quantidade que simplesmente o anula mas não sente.
Olá Clara, começo por lhe agradecer as ótimas receitas que vai partilhando connosco – gosto muito de cozinhar e já experimentei muitas sendo sempre sucesso garantido junto da família – há no entanto um prato que as 2 vezes que fiz não ficou como estava à espera – choco frito – fiz com argolas de lulas e embora a farinha fosse a que recomenda e agitasse bem dentro de um saco não consegui que resultasse pois a farinha não agarrou devidamente.
Obrigada e bj
Isabel, choco não é igual a argolas de lula, nada a ver. Teste com choco. As argolas de lula não agarram nada, não têm a mesma viscosidade. Para argolas usa-se polme, não farinha.
Esta Páscoa fiz o ensopado de borrego. Estava um espectáculo. Segui a risca a receita.
Maravilhoso, quem sabe sabe 🙂
Percorrendo as suas receitas, gostava de acrescentar k acrescentando ervilhas frescas se possível, poderá obter outro prato de borrego como fazemos aqui na zona de Évora. Bjs.
É provável Lourdes 😉 tanta receita tão boa neste nosso Portugal! 🙂
Olá Clara, nunca tinha feito, porque achava que era difícil por causa do sabor, Mas adorei e ficou tão tenrinho e gostoso. Obrigada pela sua partilha!
Muito bom sim… ainda bem que gostou 😉 obrigada!
Está feito! Receita selecionada!!! Muito obrigada, Clara 🙂
Só tenho uma dúvida, o borrego tempera-se de véspera ou nem por isso…?
Bjnhs e Boa Páscoa!
Nada. Não tempera nada Rosalina.
Este velho ensopado só me deixa ainda mais saudades da minha querida sogra que o fazia, sempre, divinamente … sem tirar nem pôr!!
Beijinhos Clara e que tenha uma excelente Páscoa!
Até logo!
Que bom Lurdes. 🙂 Uma Páscoa Feliz para si e para os seus!
O meu ensopado leva mais umas especiarias…cravinho e noz moscada…era assim que a minha mãe o fazia e eu segui a tradição. Sou do Alto Alentejo e por vezes do Norte para o Baixo há pequenas variações da mesma receita.
Pois deve haver Dina, é natural que haja sempre um toque mais pessoal consoante as regiões ou até o gosto das pessoas 🙂
Clara,
Esta Pascoa cá em casa só somos três,eu o meu marido e filho,estes dois não gostam de ensopado de borrego.Irei efectuar esta receita mais tarde quando podermos reunir a família mais próxima.
Boa Pascoa. Beijinho
Teresa Bogalho
Claro que sim teresa. O ensopado é sempre bom. Agora ou depois 🙂
Muito obrigada p receita do ensopado.Hava um pormenor que nao sabia.Um pouco de vinagre ao retirar.
Mesmo. Eu também não até a ouvir dizer 🙂