A receita desta semana é super especial e desafio-vos a fazerem-na porque vão adorar.

Não tenho a menor dúvida. Até as crianças – desde que não se coloque picante no prato, já que por regra, não gostam.

Se apreciam a culinária indiana, vão ver como é simples fazer um excelente Butter Chicken sem sair de casa.

Basta ter os ingredientes, um pouco de organização na preparação e o resultado final será incrível.

A história na origem desta receita

Butter Chicken Masala ou simplesmente Butter Chicken ou, no original, Murgh Makhani, foi criado na Índia em meados do século XX.

Kundan Lal Jaggi, Kundan Lal Gujral e Thakur Dass – seus criadores – trabalhavam no Moti Mahal, um pequeno restaurante em Pexauar, na Índia Britânica, mas com a divisão da Índia em 1947 fugiram com as suas famílias para Deli onde acabariam por abrir o restaurante com o mesmo nome. Foi dos primeiros a introduzir a cozinha Punjabi no resto do mundo.

O Butter Chicken não foi o único prato criado por eles, mas é certamente um dos mais afamados. Nasceu do aproveitamento de pedaços de frango grelhados no tandoor ou tandur que já estavam um pouco secos. E nesse sentido foi preciso criar um molho muito rico e amanteigado para garantir a cremosidade necessária para servir essa carne.

O Moti Mahal tornou-se rapidamente num dos restaurantes mais respeitados e visitados de Deli. Recebeu alguns nomes famosos durante as décadas de 50, 60 e 70.

O líder soviético Nikita Khrushchev era cliente recorrente.

Jackie Kennedy jantou lá com o marido John Fitzgerald Kennedy, e até a Rainha de Inglaterra fez uma visita, bem como o presidente norte-americano Richard Nixon.

Com tanto sucesso, o Moti Mahal cresceu – e é hoje uma marca global, sinónimo de qualidade – sobretudo pelos seus Tandooris, com restaurantes em todas as principais cidades da Índia, Médio Oriente, Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido e EUA.

Como fazer Butter Chicken

Ao longo dos anos tem havido muitas experiências bem sucedidas, partindo da receita original.

Esta é simples, apesar ter várias especiarias (não se assustem), mas deixa de fora, por exemplo, as folhas secas de fenogrego que não são fáceis de encontrar.

Mesmo sem o fenogrego, fica maravilhoso.

Começamos pela marinada com estes ingredientes.

A marinada é absolutamente fundamental.

Os pedaços de frango devem ser cortados em pedaços nem muito pequenos nem muito grandes…

e ficar a marinar durante várias horas. Se estiverem com pressa, deixem durante pelo menos 1 hora, mas já sabem: quanto mais tempo, melhor.

Eu opto por deixar sempre de um dia para o outro, até um máximo de 24 horas, coberto com película, no frigorifico. Este tempo é fundamental para injectar sabor e deixar a carne mais tenra.

A carne deve ser retirada do frigorifico uma hora antes de ser cozinhada, para atingir a temperatura ambiente.

Este molho… ai o molho…

O molho é a roupagem deste prato e é o que o torna absolutamente irresistível. É feito com estes ingredientes, mais o frango já marinado e os coentros para polvilhar ao servir.

Nesta receita, o típico forno Tandoor é substituído por uma frigideira grande onde tudo vai ser feito.

É fundamental que a frigideira esteja mesmo muito quente para marcar a carne, queimá-la até ligeiramente, para dar aquele travo típico do original.

Não convém cozinhar a carne demasiado, já que cozinhará mais no final. Para começar, bastam 2 minutos de cada lado. Façam metade de cada vez para não encher muito a frigideira.

Retiramos a carne…

e continuamos para o molho na mesma frigideira que tem imensos resíduos=sabor agarrados.

Refogamos a cebola sem deixar queimar, raspando sempre o fundo para soltar todos os resíduos e juntamos o alho, o gengibre e as especiarias. Finalmente, entra o tomate que cozinha, destapado em lume brando, durante uns 15 minutos…

até secar e ganhar uma cor mais escura.

Este preparado é depois muito bem triturado com um pouco de água…

e regressa à frigideira.

Nesta fase juntamos as natas e o açúcar (que ajuda a cortar a acidez do tomate).

Envolvemos o frango e seus sucos e deixamos cozinhar em lume brando, tapado, durante 5 minutos, contados a partir do momento em que começa a fervilhar.

Passado esse tempo, desligamos o lume, envolvemos 1 colher de sopa de manteiga que vai derreter com o calor do molho.

Polvilhamos com coentros e servimos com arroz basmati e pão naan (se houver).

Esta receita pode ser feita com paneer (queijo indiano) ou outras carnes, peixes ou vegetais a gosto.

O Butter chichen pode ser congelado?

Sim, o mais possível! Vale a pena dobrar a receita e congelar porque suporta lindamente a congelação durante um máximo de 3 meses. Mas atenção, porque se usarem umas natas menos gordas o molho pode deslaçar um pouco na hora de o reaquecer.

É importante que usem natas para bater, que têm maior percentagem de gordura.

No frigorífico, num recipiente hermético, este prato suporta 3 a 4 dias.

Gostam de comida indiana e de caris no geral?

Então aconselho-vos a espreitar o Frango Korma, a minha versão rápida de Frango Tikka Masala, ou vários outros caris que podem encontrar aqui no site. Também mostro como fazer o Garam Masala Caseiro.

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