Estaladiça, rústica, cheia de personalidade, esta baguete é irresistível para o pequeno-almoço ou para acompanhar uma refeição.

Eu adoro os cheiros dos cozinhados que se espalham pela casa, aqueles que levam todos à cozinha para indagar sobre o que estamos a fazer.

No caso do pão o aroma é inconfundível e há poucas coisas tão deliciosas como um pão acabado de sair do forno. Sendo baguete… é o cheiro, é o sabor, é a crosta a estalar. É maravilhoso!

Esta receita é muito simples. Não precisa de máquinas, não precisa de ser amassada, apenas precisa de levar umas voltas.

Depois de a massa levedar uma primeira vez precisamos de moldá-la… e aqui sim, tem técnica.

A massa vai-se dobrando ao meio enquanto se calca com os nós dos dedos. Só depois moldamos num longo charuto.

Para perceberem melhor todo o processo não deixem de assistir ao video que está abaixo.

Como qualquer pão, a massa destas baguetes precisa de tempo para levedar e quanto mais quente o ambiente, mais depressa ela cresce.

Quando faço baguetes uso uma base própria perfurada, mas é apenas um “capricho” já que elas podem perfeitamente ser cozidas num tabuleiro normal sobre papel vegetal.

A crosta que se forma é única, graças ao efeito do choque do gelo com o calor que cria o vapor de água mágico para elas ficarem mega estaladiças, como tanto gostamos.

Se são dos que adoram meter as mãos na massa – literalmente – experimentem fazer estas baguetes, porque é difícil encontrarem tão boas à venda.

São irresistíveis!

Ah!… e por falar em rústico…

Já espreitaram como faço o meu Pão Rústico Rápido que tanto sucesso tem feito, por ser tão fácil e bom? Vão adorar!

Veja o vídeo desta receita

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tempo de preparação: 30 minutos + TEMPO para levedar
tempo de forno: 20 a 25 minutos
tempo total: 50 a 55 minutos + tempo para levedar
dificuldade: fácil
rendimento: 3 baguetes grandes
Estaladiça, rústica, cheia de personalidade, esta baguete é irresistível para o pequeno-almoço ou para acompanhar uma refeição.

Baguete
Rústica

destaquenova
Estaladiça, rústica, cheia de personalidade, esta baguete é irresistível para o pequeno-almoço ou para acompanhar uma refeição.
tempo de preparação: 30 minutos + TEMPO para levedar
tempo de forno: 20 a 25 minutos
dificuldade: fácil
rendimento: 3 baguetes grandes

Ingredientes:

  • 650 g de farinha T65 sem fermento
  • 400 ml de água tépida
  • 1,5 colher de chá fermento seco de padeiro (± 5 g) ou 15 g de fermento fresco
  • 1 colher de chá de açúcar
  • 2 colheres de chá de sal fino
  • umas gotas de óleo para untar taça
  • farinha extra para polvilhar
  • gelo q.b.

UTENSÍLIOS:

  • tabuleiro perfurado para baguetes ou tabuleiro normal forrado com papel vegetal

Confecção:

  1. Misture a água tépida com o fermento e o açúcar, mexa e deixe descansar 7 minutos. A espuma que se forma no topo é a prova de que o fermento está activo.
  2. Coloque a farinha e o sal numa taça, envolva bem, abra um buraco no meio e verta aí a mistura de água e fermento.
  3. Com a ajuda de uma espátula larga, comece a envolver a farinha com o líquido. Quando estiver bem misturado, corte pedaços da massa junto às paredes da taça e coloque por cima da restante massa. Faça isto, sempre rodando a taça, durante uns dois minutos. Este processo também pode ser feito à mão. A massa estará ligada, mas peganhenta.
  4. Unte a taça e a massa, cubra com película aderente, ou um pano, e deixe levedar para o dobro.
  5. Depois de a massa ter levedado, coloque-a sobre a bancada generosamente polvilhada com farinha. Aconchegue a massa por baixo para fazer uma bola e corte-a em 3 partes iguais.
  6. Achate cada pedaço com a palma da mão e enrole, como se estivesse a enrolar um papel. Mantenha sobre a bancada enfarinhada, cubra com um pano, e deixe descansar uns 15’.
  7. Depois disso, estique cada pedaço para ficar mais comprido. Achate novamente. Pegue na extremidade superior e dobre para si. Começando numa ponta e acabando na outra, uma mão dobra a massa e os nós dos dedos da outra mão vão calcando. Depois de dobrada e calcada molde um charuto.
  8. Coloque os charutos num tabuleiro com papel vegetal polvilhado com farinha (ou num tabuleiro ondulado perfurado, próprio para baguetes) polvilhe os rolos com farinha, faça golpes no topo da massa e cubra com um pano para levedar. O tempo de crescimento da massa depende da temperatura ambiente.
  9. Pré-aqueça o forno a 240º C. Na base do forno coloque um recipiente de metal vazio.
  10. Quando as baguetes estiverem bem levedadas e o forno na temperatura certa, coloque-as no forno e despeje uma taça com cubos de gelo no recipiente quente de metal. Feche imediatamente a porta do forno. Isto vai criar vapor, que torna a baguete mais leve e com uma crosta perfeita.
  11. Coza durante 20 a 25 minutos, até conseguir uma crosta bem dourada.
  12. Retire do forno e deixe as baguetes arrefecerem sobre uma grelha durante cerca de meia hora antes de cortar.

Notas:

  • Para não “matar” o fermento, é fundamental que a água esteja a uma temperatura tépida. Se estiver muito quente, “mata” o fermento e o pão não cresce.
  • O crescimento da massa é mais ou menos rápido, dependendo da temperatura ambiente.
  • As baguetes podem ser cozidas apenas sobre papel vegetal ou numa forma ondulada e perfurada própria para baguettes.
  • É fundamental ter um recipiente de metal bem quente na base do forno, onde colocar o gelo, para criar vapor.

Outras informações:

32 comentários para “Baguete <br> Rústica”

  1. Olá querida Clara, eu já era sua fã, agora que comecei a navegar nas suas receitas adorei e não quero fazer as de mais ninguém, porque eu também gosto de cozinha mas falta-me técnica e ver os seus vídeos é muito bom. As primeiras receitas que vou fazer vai ser agora no Natal.
    Muita saúde e muitos anos de vida,
    Beijinhos
    Tina

    1. Olá Georgina, mandei vir da Amazon Espanha mas em Portugal também encontra lojas onde comprar. Só tem de pesquisar por forma para baguetes perfurada. 🙂

  2. Ola! Tentei fazer esta receita mas a experiência não correu muito bem… quando fui buscar a massa após tempo de levedar, estava toda seca por cima… partia-se em bocados…. não a pude aproveitar…. o que terei feito de errado? A única coisa que mais se diferencia das outras receitas que tenho feito é untar a taça e massa com óleo… terá sido isso a fazer esse efeito?

    1. Olá Tânia. A massa costuma criar uma capa quando fica a levedar demasiado tempo e destapada. O ar seca-a. Cobriu a sua? Onde a deixou a levedar? Num local muito quente. Escusava de ter deitado fora. Era aproveitável. Bastava ter retirado essa capa.

  3. Ana Conceição Ferreira Santos

    Olá Clara, queria sugerir-lhe o “sal de ervas”, já muito difundido pelo resto da Europa, e dessa forma se pode ultrapassar esse grande problema de saúde pública, que é o consumo excessivo de sal.
    Como divulgou Hipócrates, o pai da medicina, há mais de 2500 anos, e o “pai dos nutricionistas portugueses”,o médico Emílio Peres recentemente dizia, “somos aquilo que comemos”.
    Atenciosamente,

    Ana Ferreira

  4. Ana Conceição Ferreira Santos

    Desde já a felicito pelo seu site, bem como por todas as receitas e dicas culinárias.
    Na baguete rústica queria sugerir-lhe que o sal está em demasia, pois a quantidade de sal por pessoa diária é de 5 gramas.
    Caso não tenha conhecimento, o pão de compra de padaria tem imenso sal, com todos os inconvenientes para a saúde, o que torna o nosso país com umas taxas de acidente cérebro vascular,
    AVC, dos mais altos da Europa.
    Atenciosamente,

    Ana Ferreira

    1. Olá Ana, conheço bem essa realidade. Já fiz várias conferências medicas na área das doenças cardiovasculares e conheço bem o estudo nacional sobre o uso excessivo de sal. Mas esta receita faz 3 boas baguetes, grandes e a massa, no total das 3 leva 2 colheres de chá. Eu diria que está equilibrado, mas cada um colocará o que entende, até pode optar por um pão sem sal, Ana. Obrigada.

  5. Olá Clara . Sou fã do seu blog e tenho feito algumas das receitas ,que por acaso tem saído bem . Estou a pensar fazer estas baguetes rústicas mas só tenho fermento de padeiro fresco .Será que dá e nesse caso sabe dizer me qual a quantidade ? Muito agradecida e espero que continue a passar essa receitas e dicas que tanto jeito fazem. Beijinhos e muita saúde .

    1. Sim Sandra, faça com fermento fresco. Por regra é 3 vezes mais do que o seco. E deve diluir em líquido morno antes de junta à farinha. Depois diga com correu.Mas lembre-se, deixe a massa crescer, dê-lhe tempo. É o segredo! Beijinho!

  6. Olá Clara!!! Estou a iniciar o acompanhamento ao seu blog e estou a adorar.

    Em relação às baguetes, quando não se tem farinha tipo 65, podemos fazer com outra?
    Beijinhos

    1. Alexandra olá e bem-vinda. Convém ser a T65 porque é pão, não deve levar farinha de bolo. A textura é diferente. Sobretudo esta é muito importante que seja a T65, a conhecida como para usos culinários. A última coisa que quero é que teste com uma farinha que não é a indicada e depois não fique satisfeita 😉 quando conseguir ir às compras traga. Para já pode testar a farinha para bolos que tem com esta receita que é meio pão meio bolo – https://claradesousa.pt/receita/pao-de-cerveja-com-sementes-de-sesamo/ – ou nesta que leva farinha integral e T65 mas que pode substituir a T65 por espelta, se tiver, ou pela de bolo (estou neste momento a fazer este pão com integral e espelta e está a crescer lindamente – https://claradesousa.pt/receita/pao-s-o-s-semi-integral/. São pães de forma, têm uma textura diferente da baguete 😉

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